terça-feira, 18 de julho de 2017
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Estrutura e Processos de Formação de Palavras
Conceitos básicos:
Observe as seguintes palavras:
escol-a
escol-ar
escol-arização
escol-arizar
sub-escol-arização
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento destacável -ar.
Observe as seguintes palavras:
escol-a
escol-ar
escol-arização
escol-arizar
sub-escol-arização
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento destacável -ar.
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema.
Classificação dos morfemas:
Radical
Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal.
Afixos
Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol- criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir modificações de significado no radical a que são acrescentados.
Desinências
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).
Classificação dos morfemas:
Radical
Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal.
Afixos
Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol- criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir modificações de significado no radical a que são acrescentados.
Desinências
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).
Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desinências nominais e desinências verbais.
• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as desinências -o/-a:
garoto/garota; menino/menina
garoto/garota; menino/menina
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):
cant-á-va-mos
|
cant-á-sse-is
|
cant:radical
|
cant:
radical |
-á-: vogal temática
|
-á-: vogal temática
|
-va-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicativo)
|
-sse-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjuntivo)
|
-mos:desinência número-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural)
|
-is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural)
|
Vogal temática
Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas.
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática.
• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -ipertencem à terceira conjugação.
Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas.
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática.
• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -ipertencem à terceira conjugação.
primeira conjugação
|
segunda conjugação
|
terceira conjugação
|
govern-a-va
|
estabelec-e-sse
|
defin-i-ra
|
atac-a-va
|
cr-e-ra
|
imped-i-sse
|
realiz-a-sse
|
mex-e-rá
|
ag-i-mos
|
Vogal ou consoante de ligação
As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota.
As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola
domingo, 4 de junho de 2017
ROTEIRO PARA O TRABALHO SOBRE CRÔNICAS
ROTEIRO PARA O TRABALHO SOBRE CRÔNICAS
DATAS PARA
APRESENTAÇÃO: 10/07 A 13/07
- RESPONDA
1- Que sentimentos ou emoções a crônica nos despertou?
2- A linguagem era atual? (Analise o jeito de narrar que o cronista utilizou para captar o acontecimento e provocar reflexão e/ou crítica: adotou um tom sério, compenetrado; usou humor, fez rir; foi irônico, insinuando que as palavras dele significavam o contrário do que diziam; ou valeu-se de lirismo, fazendo comparações e metáforas poéticas.
3- Qual o assunto?
4- O autor fazia parte da situação narrada ou estava como observador, de fora?
5- Há um elemento surpresa na crônica? Qual?
6- Como o cronista fez o desfecho? Que impressão esse desfecho lhe causou?
1- Que sentimentos ou emoções a crônica nos despertou?
2- A linguagem era atual? (Analise o jeito de narrar que o cronista utilizou para captar o acontecimento e provocar reflexão e/ou crítica: adotou um tom sério, compenetrado; usou humor, fez rir; foi irônico, insinuando que as palavras dele significavam o contrário do que diziam; ou valeu-se de lirismo, fazendo comparações e metáforas poéticas.
3- Qual o assunto?
4- O autor fazia parte da situação narrada ou estava como observador, de fora?
5- Há um elemento surpresa na crônica? Qual?
6- Como o cronista fez o desfecho? Que impressão esse desfecho lhe causou?
- PREENCHA O QUADRO COM OS
ASPECTOS SOLICITADOS SOBRE CADA UMA DAS
CRÔNICAS.
- ESCREVER UMA CRÔNICA
SOBRE UM FATO QUE TENHA OCORRIDO NA ESCOLA OU EM SUA TURMA: a produção é
coletiva, mas o número de crônicas a serem apresentadas serão de acordo com o
número de participantes.
- TRANSFORMAR O TEXTO EM
ÁUDIO PARA ENTREGAR: pode conter efeitos especiais nas gravações, músicas de
fundo e uma capa para o áudio. O texto deve ser entregue digitado em Word para
posterior edição.
quinta-feira, 27 de abril de 2017
LEITURAS RECOMENDADAS
II TRIMESTRE:
LEITURA OBRIGATÓRIA - 3º TRIMESTRE
Contos
O Alienista - Machado de Assis
LEITURAS OBRIGATÓRIAS - 2º TRIMESTRE
CRONISTAS BRASILEIROS
1. Carlos Drummond de Andrade
· Caso de Canário
· O Dono
· Domingo na Estrada
· Areia Branca
· O Outro Marido
· Entre a orquídea e o presépio
2. Fernando Sabino
· Menino
· Quem matou a irmã Geórgia
· A quem tiver carro
· A vingança da porta
· A invenção da Laranja
· O tapete persa
3. Manuel Bandeira
· Lenine
· O Místico
· Reis Vagabundos
· Golpe do Chapéu
· O Fantasma
· O Bar
4. Paulo Mendes Campos
· Meu reino por um pente
· O Despertar da Montanha
· O Médico e o Monstro
· Fábula eleitoral para crianças
· Duas Damas Distintas
· O homem que odiava ilhas
5. Rachel de Queirós
· Os Revoltosos
· Casa de Farinha
· Rapadura
· Miss
· As Duas Mortes
· A Arte de Ser Avó
6. Rubem Braga
· O Sino de Ouro
· Uma Lembrança
· Partilha
· A Primeira Mulher do Nunes
· História Triste de Tuim
· Homem do Mar
LEITURA OBRIGATÓRIA - 3º TRIMESTRE
O Alienista - Machado de Assis
quarta-feira, 26 de abril de 2017
GABARITO DO EXERCÍCIO- USO DOS "PORQUÊS"
PORQUE / POR QUE / PORQUÊ / POR QUÊ
_________________________________________________________
Gabarito dos Exercícios
01. Quero saber por que estou assim. (pergunta indireta)
02. Foi reprovado e não sabe por quê. (por qual motivo)
03. Por que você está tão aborrecida? (pergunta direta)
04. Não vais à aula por quê? (pergunta direta)
05. Reagi à ofensa porque (uma vez que) não sou covarde.
06. Ignora-se o porquê (substantivo) da sua renúncia.
07. São ásperos os caminhos por que (pelo quais) passei.
08. Não saí de casa, porque (já que) estava doente.
09. Não foi ao baile, porque (pois) não tinha roupa.
10. Quero saber por que não me disse a verdade. (pergunta indireta)
11. Quero saber por que foste reprovado. (pergunta indireta)
12. Por que os países vivem em guerra? (pergunta direta)
13. Quero saber o porquê (substantivo) de sua decisão.
14. Por que sinais o reconheceram? (pergunta direta)
15. Não sei por que (por qual) motivo ele deixou o emprego.
16. Ele não viajou por quê? (pergunta direta)
17. Ester é a mulher por que (pela qual) vivo.
18. Eis por que (por qual razão) o trânsito está congestionado.
19. Ele viajou porque (pelo fato de que) foi chamado para a reunião.
20. Lutamos porque (para que) haja maior justiça social.
21. Ele deve estar em casa porque (pois) a luz está acesa.
22. Por que você não vai ao cinema? (por qual razão).
23. Aquele é o moço por que (pelo qual) ela se apaixonou.
24. A professora quer um porquê (substantivo) para tudo isso.
25. Você é a favor ou contra? Por quê? (pergunta direta)
26. Estava triste sem saber por quê. (por qual motivo)
27. Paulo não veio à aula porque (pois) não tem caderno.
28. Não sei por que (por qual motivo) não quero ir.
29. Muitos protestaram, mas não havia por quê. (motivo)
30. Vocês brigaram, meu Deus, por quê? (pergunta direta)
31. Chegue cedo porque (pois) o estádio vai ficar lotado.
32. O espetáculo foi cancelado porque (uma vez que) chovia muito.
33 As causas por que (pelas quais) discuti com ele são particulares.
34. Ele não foi porque (pois) estava doente.
35. Abra a janela porque (pois) o calor está insuportável.
36. Parou por quê? (pergunta direta)
37. Se ele mentiu, eu queria saber por quê? (pergunta direta)
38. Por que você não foi? (pergunta direta)
39. Gostaria de saber por que você não foi. (pergunta indireta)
40. Só eu sei as esquinas por que (pelas quais) passei.
41. A situação se agravou porque (já que) muita gente se omitiu.
42. Dê-me ao menos um porquê (substantivo) para sua atitude.
43. Você tem coragem de perguntar por quê?! (pergunta direta)
44. Por que você agiu daquela maneira? (pergunta direta)
45. Indaguei o porquê (substantivo) do seu mau humor.
46. Não se sabe por que (por qual razão) tomaram tal decisão.
47. Não sei por quê? (pergunta direta)
48. Não julgues porque (para que) não te julgues.
49. Creio que os porquês (substantivo) mais uma vez não vieram à luz.
50. É fácil encontrar o porquê (substantivo) de toda essa confusão.
51. Por que ninguém apareceu até agora? (pergunta direta)
52. Não sei por que não quero ir ao cinema. (por qual motivo).
53. O túnel por que (pelo qual) deveríamos passar desabou ontem.
54. Claro. Por quê? (pergunta direta)
55. Não sei o porquê! (substantivo)
56. Por que há poucas escolas no país? (pergunta direta)
57. O avião não decolou por quê? (pergunta direta)
58. A chance por que (pela qual) esperava é essa.
59. Ela não me ligou e nem disse por quê (por qual razão).
60. Não posso casar porque (pois) estou desempregado.
61. Este porquê é um substantivo.
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